Álvaro Siza (1933, Matosinhos, Portugal), arquitecto, laureado com o Prémio Pritzker em 1992, entre tantos outros Prémios, Doutor Honoris Causa homenageado em múltiplas Universidades, dentro e fora de Portugal, fellow e medalha de ouro em reputadas instituições. A sua actividade tem-se estendido por múltiplas expressões artísticas: Desenho, Azulejaria, Tapeçaria, Escultura, Design de móveis e objectos, Joalharia, Grafismo? como na Arquitectura que cria, reinventa, recupera. Alarga aqui a sua excelência, escrevendo, reescrevendo. O terceiro dum conjunto de 3 volumes (para já): 03Textosnão será certamente o último pois o autor continua activo, a produzir. "Siza, como Almada Negreiros, tocou, toca, várias Artes, sendo dominante, iniludivelmente, a Arquitectura. Mas declinando, enlevado, que Nada está mais próximo da Arquitectura do que?, fala da escultura, da pintura, do cinema, do ballet, da literatura, da poesia. Formas de expressão florescentes na diversidade. Que se reflectem, como espelhos múltiplos, na arquitectura, sua ou de outros. No texto (012) Passear, Siza diz-nos o seu hábito de passear dentro de alguns dos seus projectos. Mais uma das suas facetas de Caminheiro, subindo e descendo escadas ou ascensores (o solo move-se). Percorrendo as galerias emaranhadas do cérebro (?) a sua busca na emersão do projecto" (do Prefácio de Carlos Campos Morais). Passa o dia a passear dentro de algum dos seus projectos. Aproxima-se, olha em redor, entra. Percorre os espaços. Sai. Caminha entre diferentes arquitecturas, dentro da cidade imaginada ou conhecida. Por vezes sobe e desce escadas ou ascensores - o solo move-se. Olha para fora, aqui e ali, ou largamente, ou olha o céu. Procura a entrada da luz. Abaixa a cabeça e espreita a maquete, quando existe já. Ou nem isso. Percorre as galerias emaranhadas do cérebro. É necessário percorrer mentalmente e sem esforço o projecto, dentro e fora, até alcançar a convergência de interior e exterior - para poder desenha[...]